Por Lenyssa
"Moça de Joãozinho no cabelo
Faz de conta no espelho,
faz de conta no espelho
Abre a porta e vai para o asfalto
Lisa a ponta do cabelo, só a ponta do cabelo
Corre quando começa a chover
Olha só vai enrolar, o cabelo encolher"
*Joãozinho - Vanessa da Mata
Eu nasci com o cabelo liso, tipo a índia da música do Roberto Carlos. Aliás, eu detestava (o cabelo e a música). Roguei tanto aos céus que, com o tempo, meus fios ficaram ondulados. Ondulados e, as vezes, volumosos.
Mas aí veio a moda do cabelão liso e eu roguei aos céus pra ter meus cabelos de índia de volta. Nessa época, Deus devia estar de saco cheio da minha indecisão e nem me deu bola.
Aí o jeito foi apelar pra chapinha. Minha cunhada deu a dica e eu fazia assim: lavava os fios dia sim, dia não (como faço até hoje) esperava secar naturalmente e passava a bendita, mecha por mecha.
No começo tudo bem, até que veio a moda do cabelão ondulado e com volume e eu achei que era hora de largar a chapinha. Pois bem, eu larguei ela, mas ela não me largou. E eu nunca mais tive as minhas ondas de volta!
Saí pulando de salão e salão - sempre faço isso quando tô desesperada - e os cabeleireiros foram unânimes:
"O uso progressivo da chapinha modifica a estrutura do fio, proporcionando o alisamento gradativo, principalmente em cabelos fininhos".
Ou seja, hoje eu não tenho mais a opção "cabelos da XL". Nem eu, nem ninguém mais aqui em casa. O que não quer dizer que eu recomende o uso da chapinha ou seja feliz com o que conteceu comigo. Nããão!
Porque, como disseram os experts, ela provoca de fato um alisamento, sobretudo nas pontas (como na música da Vanessinha). Aí eu posso fazer o que for que as pontas do meu cabelo sempre serão mais lisas que o resto, com um apecto artificial, saca?
Já usei mousse, amassei com a toalha, fiz doação da chapinha, botei meu nome no livrinho da Igreja Universal, e na-da.
No dia em que eu lavo, fica legalzinho, nem dá pra perceber tanto (acho que porque os fios estão mais soltinhos) mas no dia seguinte, ê-laiá!
Então, se você não consegue viver sem a danada, só um conselho: Aprecie com moderação!